O BiotechTown é um hub de inovação voltado exclusivamente para o desenvolvimento de empresas, produtos e negócios nas áreas de biotecnologia e ciências da vida.
Ele nasceu da percepção de que o Brasil e Minas Gerais necessitavam de um determinado projeto neste campo.
Seu projeto envolve a estruturação e expansão de bionegócios tentando elaborar tecnologias que possam melhorar as vidas das pessoas e, dessa forma, melhorar a qualidade de vida e resolver problemas.
Neste episódio do Legal Talk, Vitor Massoli (NANKRAN & MOURÃO) conversa com Edgard Guedes (gerente de comunicação da BiotechTown) e Rodrigo Pinheiro (sócio do Escritório NANKRAN & MOURÃO) sobre startups, tecnologias e as atividades realizadas pelo BiotechTown.
Eles falam sobre o impulsionamento de startups pelo BiotechTown, exemplos de startups apoiadas pelo BiotechTown, como são operadas as relações com os investidores, quais os planejamentos que uma startup deve fazer e sobre as questões legislativas no campo das startups.
Como o BiotechTown impulsiona as startups
O BiotechTown percebeu que, para apoiar a sociedade em relação a suas dores, seria necessário apoiar o desenvolvimento de startups, empresas de pequeno porte.
No segmento de biotecnologia muitas soluções surgem do meio acadêmico, de pesquisas de mestrado ou doutorado, nas quais o pesquisador tem dificuldade em saber como fazer com que suas descobertas cheguem à sociedade.
Assim, o BiotechTown percebeu que seria muito vantajoso ajudar na transposição dessas pesquisas para o mundo, do laboratório para a vida das pessoas.
Por isso, criou um programa de desenvolvimento de negócios, que apoia empreendedores e pesquisadores a estruturar uma startup para crescer de forma saudável e levar suas soluções para o mercado.
Isso inclui a mentoria destas empresas em assuntos relacionados à gestão e acompanhá-las individualmente para auxiliá-las em questões particulares. Além de oferecer caminhos para a captação de investimentos.
Como funciona o contato com investidores
Embora tenha um forte cunho social, é fundamental que as startups encontrem investimentos para poderem crescer e, assim, atender ainda mais pessoas.
Atualmente, o BiotechTown possui uma rede de contatos e conexões estratégicas para facilitar o encontro entre startups e investidores.
Mas isso é uma preocupação desde as primeiras etapas.
Conforme o processo de seleção para o programa avança, há duas bancas de avaliação para determinar os resultados das startups:
- Banca tecnológica: que avalia a solução em si, de uma perspectiva técnica.
- Banca de mercado: que avalia se as soluções terão um futuro no mercado, por exemplo, se são rentáveis e têm chances de competir.
Depois de terem aprovado as startups, a BiotechTown auxilia na captação de investimentos por entender quais são os momentos exatos de se recorrer a um investidor e qual é o tipo de investidor ideal para cada tipo de negócio.
Porém, cada vez mais a empresa tem procurado ir além. E Edgard comenta sobre a expansão no contato com investidores:
“A série de investimentos que precisam ser feitos para que ela consiga prosperar, ainda mais falando de biotecnologia, muitas vezes são recursos muito altos. Diferente de aplicativos, por exemplo, startups que têm uma tecnologia mais simples. Ao falar de high design, estamos falando de valores muito altos e, obviamente, investimentos mais altos também”
Quais as preocupações que uma startup deve ter
É fundamental o cuidado no processo de desenvolvimento de startups, tanto em relação ao mercado, quanto à legislação e os modos de funcionamento.
Nos casos daquelas que integram o programa da BiotechTown há ainda mais um fator: são startups de soluções que são grande parte da vida de quem as desenvolveu, os pesquisadores.
Dessa forma, é necessário muito zêlo e cuidado na entrada de novos sócios, investidores e acionistas.
O momento de deixar esses pontos bem determinados e acordados é logo no início, porque isso evita futuros problemas e estabelece qual será o futuro dessa empresa.
Sobre isso, Vitor completa:
“A melhor hora de você estipular as regras do jogo [é no início], não só para investimentos de startup, mas para qualquer tipo de relação contratual, (…) porque estipular as regras do jogo quando você está brigando não funciona”
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